A Kombi liderou sempre as vendas no seu segmento |
Após 56 anos de produção, a Volkswagen vai tirar o veículo de linha |
Luís Alberto Caju
Após 56 anos de produção no Brasil, a
Volkswagen vai tirar de linha um de seus veículos mais famosos e duradouros no
País. Com mais de 1,5 milhão de unidades colocadas no mercado, a Kombi é a
prova do sucesso e versatilidade, sempre na liderança no segmento onde atua.
Nunca perdeu o primeiro posto de sua categoria. Nenhum outro utilitário aliou
tanta versatilidade no transporte de cargas e passageiros com baixo custo de
manutenção.
Dos itens de série, os últimos modelos saiam de fábrica com dois cintos
de segurança automáticos de três pontos, um cinto de seg. abdominal, iluminação
do compartimento do motor, janela traseira em vidro transparente, aquecível,
brake-light, revestimento do assoalho da cabine em borracha, revestimento do
assoalho em borracha no compartimento de passageiros/de carga, revestimento do
fundo do porta-malas em feltro liso e temporizador do limpador de para-brisa.
A Kombi teve sempre bom desempenho no seu segmento. Acelera de 0 a 100
km/h em 16,6s, modelo gasolina e 16,1s, quando movida a etanol, atingindo a
velocidade máxima de 130 km/h. O motor conta com 1.390 cm³ e torque líquido
máximo de 12,5 kgfm a gasolina e 12,7 kgfm a etanol. Os freios dianteiros são a
Disco e traseiros a Tambor. Medindo 4.505 mm, largura de 1.920 mm e altura de
2.040 mm, a Kombi consegue transportar 1 tonelada de carga coberta. Outro
destaque do veículo era transmissão manual de quatro velocidades, direção
mecânica, pneus 185/R14, reservatório para 45 litros de combustível e a
capacidade para levar nove passageiros.
Idealizada pelo holandês Ben Pon na década de
1940, ele pretendia incluir o confiável conjunto mecânico do Fusca num veículo
leve de carga. A produção começou na Alemanha em 1950. Na época, o grande
destaque era carroceria monobloco, suspensão reforçada e o motor traseiro,
refrigerado a ar, de 25 CV. As primeiras unidades fabricadas no Brasil, em
1957, com índice de nacionalização de 50% tinha motor de 1.200 cm³. O ano de
1961 marcou a chegada ao mercado do modelo de seis portas, nas versões luxo e
standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A
versão pick-up apareceu em 1967, com motor de 1.500 cm³ e sistema elétrico de
12 volts.
Só no final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com motor 1.4 Total
Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do
que o antecessor refrigerado a ar. De janeiro de 2006 a primeiro semestre de
2012, o veículo teve mais de 170 mil unidades produzidas. Com o novo motor, a
Kombi desenvolve potência de 78 CV quando abastecido a gasolina e 80 CV, a
etanol.
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