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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dívida em aberto é risco para compra de carro usado








Fernando Masetti

Em meio a diversas oportunidades de bons negócios no mercado de veículos usados – que segue aquecido em todo o País – há riscos que devem fazer o comprador ficar atento. Levantamento da Fenauto (Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores) mostra que, com preços mais atraentes, maio registrou a venda de 825.295 automóveis seminovos contra 793.784 em abril – aumento de 4% em apenas um mês. De janeiro a maio deste ano, quase 4 milhões de veículos usados foram comercializados no País.

 A opção pode ser justificada por algumas condições favoráveis como custo benefício, facilidade na obtenção de crédito e disponibilidade de modelos com várias opções de série. A questão é que nem sempre o automóvel é adquirido por meio de revendedoras que agem nos conformes dos códigos civil e do consumidor. E nem sempre o consumidor cumpre com seus débitos.

 De acordo com um estudo da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), 62% das famílias brasileiras estão endividadas, sendo que destas, 13,4% é devido ao financiamento de veículos. Já o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) atestou que, de dezembro de 2014 a maio de 2015, pelo menos 2 milhões de brasileiros entraram para a lista de inadimplentes.

 No caso da aquisição de um automóvel usado, esse índice começa pelo comprador que simplesmente não consegue saldar a dívida e termina com o proprietário seguinte, que o adquiriu sem saber de seu histórico.  Somente no primeiro semestre de 2015, a consulta da Checkauto apontou que 43% dos veículos consultados trouxeram a informação de que o bem está financiado. Nestes casos é importante que antes da decisão pelo fechamento do negócio, o comprador peça para o vendedor a carta de quitação do banco, desta maneira terá em mãos as informações necessárias para saber se vale a pena fazer o negócio sem assumir a dívida do proprietário anterior, evitando assim dor de cabeça.

 Para assegurar a compra, no último mês de maio, entrou em vigor a lei 13.111/15, que tem por objetivo garantir que, ao vender um veículo usado, o lojista forneça um documento com o histórico completo do modelo. Mas neste primeiro momento, ela só se aplica a comerciantes. Por isso, exigir seu cumprimento nas autorizadas e recorrer a vistorias no caso da venda entre particulares pode ser um ótimo negócio.

 A principal recomendação antes de fechar a compra é ter informações relevantes para a tomada de decisão. Confira a descrição do anúncio, a veracidade dos dados da loja e conheça o anunciante que está vendendo o veículo de seu interesse. Quando estiver em dúvidas sobre a contratação de um serviço do gênero, lembre-se que o investimento pode evitar inúmeras consequências desagradáveis, como a inclusão de seu nome em empresas de proteção ao crédito, o comparecimento para esclarecimentos na justiça e até mesmo a devolução do bem.

 Portanto, para concretizar uma boa compra, as dicas são: pesquise e conheça o histórico do veículo desejado antes de fechar qualquer negócio.


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