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sábado, 4 de janeiro de 2014

Bridgestone: Uso correto de pneus de carga ajuda na economia




 
Pneus representam elevado investimento numa empresa

Luís Alberto Caju

 Os pneus estão entre os cinco primeiros colocados na planilha de custos das transportadoras. Eles representam um alto investimento, por causa da grande quantidade que normalmente equipa um veículo de carga (de 6 a 26 pneus). Por isso, conseguir transformá-los em item de economia é fundamental. O diretor comercial da Bridgestone Bandag, Marcos Aoki, questiona sempre as pessoas que atuam neste ramo de negócio: “Você sabe como pode aumentar a vida útil dos seus pneus e obter o melhor desempenho dos veículos”? 

 Segundo ele, alguns hábitos praticados pelos transportadores, geralmente para economizar tempo, podem comprometer o desempenho dos pneus. Por isso, ficar atento aos cuidados com a manutenção pode ajudá-los. “Saiba o que é certo e o que é errado e prolongue a vida útil dos pneus”, enfatizou.

De acordo com Aoki, uma prática comum, porém equivocada, é com relação ao alinhamento. “Geralmente, os transportadores só alinham as rodas dianteiras, quando deveriam assegurar o correto alinhamento de todos os eixos e rodas ao menos a cada 20 mil km”, disse. O desalinhamento, explica, afeta a dirigibilidade e provoca o arraste contínuo dos pneus, fazendo com que o desgaste seja acelerado, reduzindo a quilometragem em até 25%.

Para ele, outro item importante e muitas vezes ignorado pela maioria dos usuários é o balanceamento. “A falta de correção deste item pode reduzir em até 20% a quilometragem de um pneu”, afirmou.  Aoki alerta que um conjunto desbalanceado produz oscilações e vibrações, resultando em esforços e fadiga de componentes mecânicos, como amortecedores, rolamentos e terminais de direção. “Tudo isso gerando aumento do custo de manutenção, além de submeter os pneus a um desgaste irregular localizado por causa da diferença de massa”.

 Quanto à calibragem, explica Aoki, em razão da grande quantidade de pneus e da dificuldade de acessar a válvula de ar deles, alguns profissionais deixam de realizar a verificação da calibragem com a periodicidade necessária, que seria ao menos uma vez por semana. “O resultado é a perda de até 25% na quilometragem”, disse. Segundo ele a pressão acima da recomendada provoca o desgaste acelerado do centro da banda de rodagem e pode gerar dano à carcaça quando for necessário utilizar sua função de “amortecedor”, enquanto que abaixo provoca o desgaste acelerado das extremidades da banda de rodagem e também pode gerar superaquecimento da carcaça, diminuindo seu índice de recapabilidade. 

 Aoki diz que é preciso também levar em consideração que existem diferentes desenhos de banda de rodagem e a escolha incorreta pode reduzir a quilometragem em até 40%. “Cada posição de rodagem tem uma função específica: os pneus dianteiros conduzem o veículo, favorecendo as curvas e manobras; os pneus de tração transmitem a força e potência do motor; já os pneus de eixos livres, do truck e da carreta, minimizam o arraste durante as manobras”, enumerou. Rodar na cidade com um pneu destinado ao uso na terra (fora de estrada) também provoca perdas no consumo de combustível, na estabilidade e na durabilidade das peças do veículo. Portanto, é fundamental utilizar o pneu indicado para cada tipo de aplicação.

Na avaliação de Aoki, o sobrepeso é outro fator que compromete a estrutura e o desempenho dos pneus, da suspensão e dos freios, além de provocar aumento do consumo de combustível e prejudicar as estradas. “Muitos motoristas pensam que transportar excesso de carga pode otimizar o tempo das entregas e gerar economia”, descreveu. Porém, alerta ele, o excesso de peso acarreta maior aquecimento dos pneumáticos e fadiga prematura das carcaças, diminuindo seu rendimento. “Quanto à economia, transportar carga em excesso acarreta aumento no consumo de combustível e aumenta o risco de acidentes. Além disso, reduz a velocidade do caminhão, resultando em maior tempo de viagem”, disse.

Aoki enfatiza que é preciso ficar atento também ao emparelhamento dos pneus. “O ideal é procurar manter a montagem no eixo dos pares perfeitos, ou seja, pneus da mesma marca modelo, desenho, calibragem, ciclo de vida (novo com novo, reformado com reformado)”, detalhou. Na avaliação de Aoki, isto evitará que pneus diferentes trabalhem juntos, “sobrecarregando” um pneu e “lixando” o parceiro. Um controle inadequado do emparelhamento pode acarretar em redução de até 25% da quilometragem.

De acordo com ele, quem realiza periodicamente o rodízio dos pneus está no caminho certo. Este revezamento, que consiste na inversão de posições, evita o desgaste irregular, fazendo com que ele aconteça de maneira mais uniforme, o que prolonga a vida útil dos pneus. 

Porém Aoki destaca ainda que os cuidados com os pneus vão além do que aplicamos diretamente a eles. “A manutenção preventiva de todo o veículo é extremamente importante para o bom funcionamento do conjunto e, desta maneira, os pneus desgastam de maneira regular e mais lenta. Com isso, a carcaça também é preservada, o que garante um melhor índice de recapagem”.  Outra dica importante é manter os pneus distantes dos derivados de petróleo ou solventes. Estes produtos atacam a borracha, fazendo com que ela perca suas propriedades físico-químicas e mecânicas, reduzindo a vida útil.


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