Lentes
amareladas são indícios de baixo desempenho do conjunto e provocam a redução da
visibilidade proporcionada pelo farol e afetam a segurança do veículo.
Com a
evolução tecnológica da indústria de autopeças, que utiliza cada vez mais
materiais termoplásticos, os faróis automotivos ganharam novo destaque, além da
função como dispositivos de segurança veicular, tornaram-se itens essenciais no
que diz respeito ao impacto visual, garantindo designs arrojados que a
engenharia de iluminação é capaz de viabilizar tecnicamente.
Egidio
Vertamatti, Gerente Executivo de Produtos da Arteb, uma das principais
fabricantes mundiais de sistema de iluminação automotiva, explica que o
material amplamente utilizado na lente dos faróis é o policarbonato por
equilibrar boas propriedades mecânicas, como a resistência a impactos, e ópticas,
como a alta transmitância dos raios luminosos. “As lentes de vidro de fato
quebram com muito mais facilidade em comparação às lentes de policarbonato. No
entanto, algumas características pouco conhecidas e exclusivas das lentes
plásticas precisam ser consideradas neste tipo de comparação”, comenta.
O
engenheiro revela que as lentes plásticas dos faróis, apesar de receberem
durante o processo produtivo uma camada de verniz, responsável por proteger a
lente e, consequentemente, prolongar a sua durabilidade, tendem a sofrer um
processo gradual de amarelamento. Isto se dá pela ação dos raios ultravioletas,
presentes na luz solar.
O tom
amarelado promove certa opacidade na lente e provoca a perda transmitância da
luz e, consequentemente, as propriedades ópticas são depreciadas. Na prática, a
iluminação promovida pelo farol é reduzida. Quando o desgaste dos faróis atinge
este nível de criticidade, no qual a segurança veicular é posta em risco, o
mais adequado é efetuar a troca do par de faróis que equipam o veículo.
“É mais
que um problema estético, pois compromete a segurança do condutor do veículo.
As tentativas amadoras de clarear as lentes, invariavelmente, ocultam
provisoriamente o problema em vez de resolvê-lo, pois promovem desgastes pela
da retirada da camada de verniz, o que torna a superfície da lente mais
vulnerável a riscos e, principalmente, novo amarelamento, comenta. Esses
artifícios, segundo Vertamatti, são paliativos, surtem efeito por um breve
intervalo, mas não impedem o retorno do problema justamente porque provocam a
perda da proteção à radiação UV e pode danificar os componentes internos do
farol.”
O Gerente
destaca que o motorista acaba se acostumando com a perda da eficiência da
iluminação, justamente porque isso ocorre paulatinamente, mas dependendo do
caso pode ser muito prejudicial, sobretudo em situações que exigem muito da
visibilidade do motorista no trânsito.
Para o
motorista não colocar em risco a sua segurança e a de sua família, o engenheiro
faz a seguinte recomendação: “Ao notar o amarelamento dos faróis, o melhor é
substituir por um novo par. Este é o único procedimento seguro para ter faróis
novos por um tempo realmente compatível com a sua expectativa de consumidor”.
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