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Cavalo mecânico FH Série Especial 20 anos de Brasil |
Luís Alberto Alves
A Volvo está lançando uma edição especial e
limitada de caminhões em comemoração aos 20 anos do FH no Brasil. “Temos
orgulho de apresentar esta série especial e exclusiva do FH, um modelo que
liderou várias vezes o ranking nacional de caminhões pesados e que é de longe o
caminhão mais admirado e desejado do Brasil”, afirmou o gerente de marketing da
Volvo, Daniel Mello.
O modelo comemorativo chega ao mercado com
todas as opções de motorização da Volvo: 420cv, 460cv, 500cv e 540cv. “Basta
estacionar em um posto de combustível, ou uma rápida visita às redes sociais
para perceber a legião de fãs do FH, o orgulho e a satisfação de quem dirige o
veículo e o desejo e sonho de consumo dos que ainda não têm o caminhão”,
observou Mello.
Externamente, o caminhão tem uma faixa
colorida cruzando toda a lateral da cabine e o logotipo FH 20 anos, além do
letreiro superior Globetrotter no alto da parte frontal do veículo com a
identificação visual da comemoração ao fundo. Internamente, o FH 20 anos tem
uma série de itens de fábrica: air bag, climatizador de ar, suspensão a ar na
cabine, bancos em couro, volante em couro, rádio, CD, MP3, comandos no volante
e uma faixa de madeira no painel.
O caminhão também possui sensor de chuva,
espelho frontal, trava elétrica com controle remoto, lâmpadas 3 Marias, luz de
5ª roda, e anel nas rodas dianteiras. O exclusivo FH 20 anos pode sair da linha
de produção com duas opções de cor: branco ou Preto Magic Metálico.
O FH 20 anos também vem equipado com a
consagrada caixa de câmbio eletrônica I-Shift e com a qual o transportador
consegue economizar em até 5% o consumo de combustível. Sem pedal de embreagem,
a caixa de câmbio da Volvo facilita bastante o trabalho do motorista. No modo
automático, basta acelerar e frear. No manual, um simples toque em um botão
troca as marchas. Ele não precisa fazer nenhum esforço para trocar as marchas.
O manuseio é extremamente fácil e um amplo e bem posicionado visor no painel
mostra em que marcha o veículo está.
O FH foi introduzido no mercado brasileiro no
início de 1994, importado da Suécia, sede mundial do Grupo Volvo. Quatro anos
depois, começou a ser produzido no Complexo Industrial da Volvo em Curitiba, no
Paraná.
Decisão ousada
“Trazer o FH em 1994 para o Brasil, então
ainda um país que desconhecia tanta tecnologia em veículos comerciais, foi uma
decisão ousada, e que se transformou num ponto de inflexão na história do
transporte brasileiro”, lembrou Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo
no Brasil. Naquele período, a linha de veículos Volvo era formada pelos
caminhões NL10 (310cv e 340cv) e NL12 (360cv e 410cv), ambos produzidos na
fábrica de Curitiba, que em 1994 completava 14 anos desde que o primeiro
caminhão com a marca Volvo saiu da linha de produção brasileira.
A Volvo trouxe da Suécia a primeira leva de
FHs no final de 1993, mas os caminhões começaram a ser vendidos em 1994. O
primeiro lote desembarcou no Porto de Paranaguá, no Paraná. Vermelhos, com a
inscrição Globetrotter no alto da cabine, os cavalos mecânicos eram muito
bonitos, muito diferentes dos caminhões tradicionais.
“Nunca um caminhão chamou tanta atenção no
Brasil como a chegada do FH”, recordou o diretor de estratégia de caminhões do
Grupo Volvo na América Latina, Sérgio Gomes um dos principais responsáveis pela
introdução do FH no País. Ele lembra que o visual moderno para os padrões dos
anos 90 e a cabine alta, por exemplo, chamavam a atenção de todos, não só de
motoristas e transportadores, mas até das pessoas que viam o veículo trafegando
na estrada.
Inovação
A Volvo decidiu inovar com o FH importado da
Suécia. O caminhão estava sendo lançado também na Suécia, sede mundial do
Grupo, onde havia sido projetado pela mais avançada engenharia da indústria
automotiva. “Foi um lançamento simultâneo ao realizado no mercado
europeu”, disse Gomes. Ele havia acompanhado, semanas antes, uma comitiva de
transportadores e clientes brasileiros no lançamento em Gotemburgo.
Um dos maiores fabricantes mundiais de
caminhões, o Grupo Volvo apostava no Brasil como um mercado promissor, e fez
questão de introduzir no país seu mais avançado caminhão e o que se
transformaria num êxito sem igual no setor de transportes mundial. O FH foi um
sucesso imediato no Brasil, apesar de o mercado naquela época ainda ver com
restrições a introdução de motor eletrônico em caminhões. O caminhão ainda era
um veículo de tranporte cuja reputação havia sido construída em cima dos
atributos de robustez e longevidade.
Foram vendidas mais de 400 unidades do FH
importado somente em 1994, praticamente o dobro do que a operação brasileira da
Volvo esperava para o primeiro ano. A partir daí o FH caiu nas graças do
transportador brasileiro e não parou mais de vender. Somente no ano passado, o
melhor desempenho em vendas de caminhões Volvo no Brasil, foram emplacados
12.513 FHs no mercado doméstico.
Mais moderno
O FH12 380 Globetrotter trazido em 1994 pela
Volvo do Brasil não inovou apenas em virtude do revolucionário motor D12. “Ele
era também o caminhão mais moderno do mundo”, recorda Bernardo Fedalto, diretor
de caminhões Volvo no Brasil. Tanto que, em 1994, uma publicação européia
especializada em veículos comerciais outorgou ao veículo o título de
“International Truck of the year” - o caminhão do ano no mercado internacional.
O FH voltaria a ganhar o mesmo prêmio em 2000.
O novo caminhão era fruto de US$ 1 bilhão em
investimentos, os maiores já realizados até então por um fabricante de veículos
comerciais. Produzido na planta sueca da cidade de Umea, o FH12 380cv
Globetrotter tinha cabine estampada em aço de alta resistência, o HSS (High
Strength Steel), uma inovação no setor de transporte de cargas. Alumínio e
fibra de vidro também foram usados na fabricação de inúmeros componentes.
Com duas camas confortáveis em forma de
beliche e altura interna de 1,95 metros, a cabine Globetrotter do FH também
inovou na aerodinâmica: de formato cônico e com ângulos suaves, era o resultado
de uma concepção que, desde o início, procurou reduzir ao mínimo a resistência
ao ar. Esta redução contribuiu acentuadamente para baixar consumo de
combustível e elevar a velocidade média.
A suspensão da cabine proporcionava excelente
amortecimento em pisos irregulares, pois era formada de câmaras pneumáticas com
amortecedores de duplo efeito. O painel era de forma côncava, envolvente, com
instrumentos de fácil leitura. Todas as exigências das mais rigorosas normas de
segurança foram avaliadas em diferentes testes de impacto. Começava alí uma
nova era em termos de segurança veicular.
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