Luís Alberto Alves
Ford
divulgou um estudo sobre o desenvolvimento dos alertas sonoros de seus
veículos, itens que têm uma função importante de segurança e também dizem
respeito ao grau de interatividade oferecido pelo produto. Com o aumento do uso
de sistemas eletrônicos embarcados, surgiu a necessidade de criar continuamente
novos sons para transmitir mensagens ao motorista, ampliando o “vocabulário”
sonoro dos carros.
“Toques, bips, campainhas e outros alertas
sonoros são a forma do carro falar com o motorista, avisando que uma porta está
aberta, as luzes ficaram ligadas ou o cinto de segurança não está preso. Num
mundo que nos bombardeia com alertas de mensagem de texto, avisos de e-mail,
toques de celular e despertador, é importante que cada som do veículo se
diferencie nesse meio e seja notado. É para isso que eles são projetados”,
explicou a engenheira de desenvolvimento da Ford, Jennifer Prescot.
O foco principal do trabalho de
desenvolvimento dos alertas sonoros na Ford é determinar a intensidade certa
para o nível de atenção que cada aviso exige do motorista. Os sons de lembrete,
como os de luzes acesas e de uso do cinto de segurança, são informativos e mais
amenos. Os alertas de urgência são reservados para ações mais importantes, como
os sensores de estacionamento.
Para conseguir criar diferentes níveis de
urgência, são considerados os seguintes fatores: frequência, volume, aspereza,
achatamento (para tornar o som menos irritante) e cadência.
“Os sons devem chamar a atenção e passar uma
mensagem intuitivamente. Um som clássico de alarme é irritante e pode chamar a
atenção, mas se for chocante demais pode levar o motorista a cometer
erros", continua a especialista.
Um exemplo recente de aplicação desse conceito
é a mudança do som de funcionamento dos piscas ("tic-toc"), que teve
as frequências reduzidas de 1.200 (“tic”) e 1.500 Hz (“toc”) para 700 e 800 Hz,
respectivamente.
Para cada sistema adicionado ao veículo, um
novo som de alerta é desenvolvido. Como base para esse trabalho, a Ford utiliza
26 tipos de sons que compõem o “DNA” sonoro de seus carros. Eles são criados em
um laboratório específico, onde os sons dos concorrentes também são analisados.
Os testes incluem um manequim equipado com microfones, capaz de captar os sons
de forma similar a um passageiro.
“Estamos continuamente pesquisando para que
nossos carros ofereçam o melhor nível de interatividade e o motorista tenha uma
condução mais segura e eficiente”, completou Prescott.
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