![]() |
O BRR2B é indicado para transporte rodoviário (ônibus e caminhões) |
![]() |
O FS 4000 não tem câmara de ar, indicado para eixos direcionais, livres e tração moderadas de caminhões e ônibus |
![]() |
O BDV2 é para ônibus e caminhões no transporte urbano |
Luís Alberto Caju
Economia é a palavra de ordem em qualquer tipo
de frotista, principalmente para aqueles que passam a maioria do tempo nas
rodovias. Ao realizar a compra e o uso correto dos pneus é importante obter
melhor desempenho, economia de combustível e fazer viagem segura. Segundo o
engenheiro Marcos Aoki, gerente geral de Vendas e Marketing da Bridgestone do
Brasil, poucos transportadores percebem a relevância deste tipo de produto nos
seus veículos.
“Não adianta ter um veículo
superpotente ou com o melhor sistema de freio do mundo, se os pneus não
estiverem adequados, pois são eles que transferem toda força de tração e
frenagem do veículo para o solo”, explicou. De acordo com Aoki, esse componente
é responsável por suportar todo o peso do caminhão e da carga, além de ser o
primeiro item da suspensão. “Para garantir o uso inteligente dos pneus,
prolongando sua vida útil, e preservar a segurança do motorista, é necessário
que ele fique atento na hora de escolher”, ressaltou.
Quando chega o momento da compra
deste importante item, o caminhoneiro ou frotista deve levar em consideração as
especificações do fabricante do veículo e as características básicas do produto
que melhor atenda suas necessidades operacionais e proporcione a melhor relação
Custo por Quilômetro (conhecido CPK) em todo o ciclo de vida útil do pneu. “Dessa
forma são reduzidos os erros na escolha do produto indicado para sua condição
de trabalho”, afirmou.
Aoki explica que há dois tipos de
pneu: o com câmara e o sem câmara, e também dois tipos de construção: radial e
diagonal (também chamada de convencional). “A tendência do mercado está nos
pneus de construção radial, por causa do ganho de desempenho, porém é
necessário sempre avaliar a melhor aplicação”, disse. De com ele, esse ganho se
dá pela sua forma construtiva, visto que este pneu tem sua carcaça composta por
uma única lona de corpo disposta no sentido radial de um talão ao outro,
passando pela lateral do pneu, onde, independente destas lonas, existe o pacote
de cintas que se sobrepõe e ficam apenas na área da banda de rodagem.
Maior
área de contato com o solo
“Desta forma, as laterais ficam
independentes da banda de rodagem, proporcionando maior área de contato com o
solo, gerando maior aderência, tração, frenagem e menor aquecimento do pneu”,
frisou. Há também o pneu de construção diagonal/convencional, que possui sua
carcaça composta por uma sobreposição de lonas têxteis, que saem de um talão e
vão até o outro, passando pelas laterais e banda de rodagem. Essas lonas estão
orientadas no sentido diagonal ao plano de rolamento do pneu, formando um só
bloco, o que causa maior robustez do pneu e maior atrito com o solo e,
consequentemente, maior aquecimento.
Aoki ressalta que escolher o pneu de acordo com a aplicação também
resultará em benefícios para o transportador, pois existem diferentes produtos
para as diferentes funções: rodoviário, regional, urbano ou misto (uso em
rodovias e terrenos fora de estrada). “Além disso, a posição de rodagem –
direcional, tração e eixo livre – e a dimensão do pneu também são fundamentais
para que se obtenha o melhor desempenho do caminhão e ganho de quilometragem”,
explicou.
Ele destaca que existem pneus
radiais e diagonais para todas as posições (direcional, tração e eixo livre).
Porém, nem sempre com a mesma amplitude de medidas. O pneu radial possui uma
concepção mais moderna e vem sofrendo constantes aprimoramentos, tanto no
sentido de novos desenhos e novas dimensões. Outras características técnicas do
produto também devem ser levadas em consideração: IC/SV – índice de
carga/símbolo de velocidade, profundidade dos sulcos e pressão para carga
máxima.
“Ao observar as especificações
técnicas indicadas pelo fabricante do veículo e respeitar as características
para o uso adequado dos pneus, os motoristas ou frotistas podem obter o melhor
desempenho de seus produtos, prolongando sua vida útil e preservando sua
carcaça, garantindo ainda um bom índice de recapabilidade”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário