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Equipe responsável pela produção do primeiro motor Volvo N10 no Brasil |
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Inflação no início da década de 1980 |
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Primeiro Volvo N10 produzido no Brasil em 1980 |
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Modelo FM, de 460 cv, movido a gás e diesel, apresentado pela Volvo em junho deste ano |
Luís Alberto Caju
Em 1980 o mercado brasileiro
de caminhões ganhava o primeiro caminhão produzido pela Volvo no Brasil: o N10,
cujo diferencial era a economia e disponibilidade. Trazia o novo conceito de
transporte. O destaque do N10 consistia na robustez e maior capacidade de carga
e maior potência, proporcionando maior eficiência ao transporte de carga.
Acabou conhecido como o Volvo que aguenta qualquer condição para levar diversos
tipos de produtos.
Os comerciais da época destacavam o quanto o
Brasil iria ganhar no segmento de caminhões pesados. Ele tinha motor de 10
litros e 260 cv, potência que atendia perfeitamente o mercado daquela época.
Além de transmissão ZF Ecosplit 8+8, manual, oito marchas à frente, mais oito
desmultiplicada (com cada marcha tendo uma posição alta e baixa), totalmente
sincronizadas. Naquela época, quando baixa, a inflação atingia 300% ao ano, às
vezes chegava 900%, com 40% ou 50% ao mês.
Passados 33 anos, a Volvo apresentou o
primeiro caminhão movido a GNL (Gás Natural Liquefeito) e diesel testado no
Brasil. O FM 460 cv, importado da Suécia, roda com cerca de 70% de gás e 30% de
diesel. Tudo começou em fevereiro com os primeiros testes em parceria com a
White Martins, empresa líder na produção e venda de gases industriais. Segundo
o diretor de caminhões da montadora sueca no Brasil, Bernardo Fedalto, a Volvo
é a primeira montadora a adotar esta tecnologia no País.
Caso o gás acabe, o sistema automaticamente
passa para o diesel, visto que o motorista é alertado por uma luz que acende no
painel de instrumentos. Segundo ele, a produção deste tipo de caminhão começou
na Suécia no segundo semestre de 2012, e os primeiros veículos com este tipo de
tecnologia já circulam na Europa e Estados Unidos.
Fedalto explica que a tecnologia do motor é
baseada no motor diesel convencional equipado com injetores para gás, um tanque
criogênico com isolamento térmico de altíssima eficiência mantendo o gás
liquefeito e resfriado a 135 graus Celsius negativos, e um conversor
catalítico. O diesel entra em ação no momento da ignição da combustão e o
restante da potência é garantido pelo GNL.
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