![]() |
Cambagem excessivamente negativa "come" a parte interna do pneu, facilitando ocorrência de acidentes |
Luís Alberto Caju
Para diversos motoristas, só merecem
cuidados motor, amortecedores e parte elétrica do carro. Os pneus, iguais aos
primos pobres, ficam relegados a segundo plano. Porém, alerta o gerente geral
de Engenharia de Vendas da Bridgestone, José Carlos Quadrelli, que é
recomendável alinhar e balancear as rodas (pneus não se balanceia) a cada 8 mil
quilômetros. “É importante verificar sempre que houver troca de pneus/rodas,
vibração do volante ou veículo, for efetuado rodízio de pneus, um pneu ou
câmara de ar passar por conserto por causa de furo ou corte, um quando bateu em
algum obstáculo na pista ou buraco provocando empenamento do aro, perda do
contrapeso de balanceamento ou pneu que gastou muito em pontos isolados”,
explicou.
Segundo ele, alinhar significa buscar o
equilíbrio em movimento do veículo. Este procedimento é executado medindo e
ajustando os ângulos em que as rodas do automóvel fazem em relação ao piso e às
linhas de centro do carro, equilibrando todas as forças atuantes no veículo,
como gravidade, força centrífuga, força de viragem “Tudo para proporcionar
maior eficiência de rolamento, desgaste uniforme dos pneus, melhor estabilidade
e mais segurança para motoristas e passageiros”, disse.
De acordo com Quadrelli, o balanceamento é
acompanhado do alinhamento, envolvendo o conjunto pneu e roda. Ele evita as
trepidações no carro em velocidades acima de 60 km/h, deterioração do pneu e
dos componentes de suspensão como amortecedores, molas, buchas, além de sanar
problemas de direção e comprometimento da capacidade de frenagem.
Pneu “careca”
aumenta riscos de acidentes
Outro item importante, explica Quadrelli, é a
cambagem na roda, que consiste num ajuste do ângulo de inclinação vertical dela
em relação ao solo. “O principal indício de que é necessário fazer esse ajuste
é desgaste irregular em um dos ombros dos pneus (conforme foto ilustrativa
dessa reportagem)”, disse. Esse problema ocorre por causa da cambagem
excessivamente positiva (desgaste no lado externo do pneu) ou negativa
(desgaste no lado interno). “O desgaste irregular influi no contato do pneu com
o solo reduzindo a aderência, estabilidade e a eficiência de frenagem”,
explicou.
Para manter a segurança do automóvel não é
recomendável usar pneus recauchutados. Segundo Quadrelli, ao contrário dos
modelos usados em caminhões e ônibus, os de veículos de passeio não foram
produzidos para sofrer recauchutagem. “Durante sua vida original, a estrutura
deste tipo de pneu sofre fadiga. A aplicação de uma nova banda de rodagem exige
muito do pneu e ele não foi projetado para essa resistência. A melhor opção é
usar um novo, com maior durabilidade”, frisou.
Caso o motorista insista em transitar com pneu
“careca” ele vai alterar a direção do veículo, não vai absorver corretamente os
impactos, não transfere forças de tração e frenagem, além de não suportar
cargas. “Um pneu em mau estado de conservação compromete diversas funções
realizadas no automóvel, aumentando as chances de ocorrências de acidentes”,
finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário