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Caminhão número 300 produzido no Paraná |
Luís Alberto Alves
O Grupo Volvo, que fabrica no Brasil caminhões e chassis de ônibus, está
celebrando a produção de 300 mil veículos em sua planta de Curitiba, sede
latino-americana da empresa. O veículo é um caminhão extra-pesado FH 4x2, com
motor de 540cv, equipado com caixa de câmbio eletrônica I-Shift, rodas de
alumínio e cabine alta XL. “O Brasil é uma importante operação da Volvo, com um
mercado exigente e transportadores altamente profissionalizados que demandam
por produtos com qualidade e tecnologia”, declarou Claes Nilsson, presidente do
Grupo Volvo América Latina.
“Este
é um importante marco na história da unidade fabril brasileira”, comemora Jorge
Marquesini, vice-presidente industrial do Grupo Volvo América Latina. A fábrica
paranaense começou a funcionar em 1979, quando foi montado o primeiro veículo
no País, um chassi de ônibus modelo B58. Um ano depois, iniciou-se a produção
de caminhões, com a montagem do modelo N10, com motor de 260cv.
“A
Volvo tem no Brasil uma história de pioneirismo, inovação e tecnologia”, afirma
Carlos Morassutti, vice-presidente de RH e assuntos corporativos do Grupo Volvo
América Latina. O FH número 300 mil integra a última e mais avançada geração de
uma linha de caminhões que vem sendo aperfeiçoada constantemente, desde que a
marca iniciou sua fabricação no País, em 1998. O modelo é considerado o
caminhão mais seguro do mundo. É reconhecido também por sua grande
produtividade, além do baixo consumo de combustível e de emissões.
Referência
mundial
A
fábrica onde o 300.000º veículo foi montado é uma das mais avançadas do sistema
industrial global do Grupo Volvo. “Somos referência mundial em qualidade de
produto e em gestão de processos”, lembra Marquesini, comentando a alta
pontuação que a unidade local possui em qualidade e em manufatura enxuta.
Recentemente,
foram feitos mais investimentos no complexo industrial da Volvo em Curitiba. A
empresa modernizou a linha de produção de caminhões para poder lançar a nova
geração de veículos e também automatizou e inovou as linhas de pintura e solda
de sua fábrica de cabines. Com as mudanças, a montadora introduziu no Brasil e
demais países latino-americanos uma nova geração de caminhões, com a mais alta
tecnologia e com o maior grau de conectividade do mercado. Os investimentos
também melhoraram ainda mais a qualidade dos veículos, promoveram ganhos
ambientais e aumentaram a capacidade de produção.
Vanguarda
tecnológica
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“Sempre
estivemos na vanguarda tecnológica no Brasil”, diz Marquesini. A modernização
de todo o complexo industrial, a automação e o processo de alta precisão na
área de pintura de cabines colocaram a Volvo mais uma vez à frente do mercado.
O
FH foi introduzido no Brasil como um veículo importado em 1993, inaugurando a
era da eletrônica em transporte de cargas no país. “A partir daí foram
sucessivos saltos tecnológicos, que o transformaram num sucesso de vendas,
atualmente com cerca de um terço do segmento de pesados no Brasil”, destaca
Bernardo Fedalto, diretor de vendas de caminhões Volvo no Brasil.
Em
1998, a Volvo passou a montar o FH no País e, já em 2003, atualizou a linha
lançando um novo modelo, com uma nova plataforma eletrônica e equipado com a
I-Shift, a caixa de câmbio eletrônica que iria revolucionar o mercado
brasileiro. Em 2007, a marca inovou mais uma vez, lançando o FH com um motor de
13 litros, novos eixos e um novo freio motor.
Dois
anos depois, em 2009, a Volvo surpreende o mercado: o FH chegava equipado com
dispositivos de segurança ativa e passiva, transformando-se no caminhão mais
seguro do mundo. Em 2011, renovou toda a linha de veículos introduzindo a
tecnologia SCR para reduzir a emissão de gases. No ano passado, a empresa
lançou a nova geração do FH, com uma cabine 1 metro cúbico maior que a versão
anterior, novos motores, novas potências e uma série de dispositivos que o
tornaram o caminhão mais conectado da atualidade.
Ônibus
No
segmento de ônibus, o papel da Volvo é revolucionário no Brasil. Foi nas
pranchetas da fábrica e da Prefeitura de Curitiba, por exemplo, que se inventou
o ônibus biarticulado, um produto que contribuiu decisivamente para o
desenvolvimento dos sistemas organizados de transporte público urbano, os
chamados BRT’s (Bus Rapid Transit). “O conceito de alta capacidade de
transporte e os benefícios que isso representa foi introduzido pela Volvo”,
lembra Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.
Foram
várias inovações na área de ônibus. A empresa foi a primeira a produzir um
ônibus com ESP (Programa Eletrônico de Estabilidade), um dispositivo que
diminui sensivelmente a possibilidade de capotamento. Trouxe também o
ITS4Mobility, uma avançada plataforma
Tecnológica
de controle de tráfego para os operadores e informações para os passageiros.
“Foram muitas inovações em transporte de passageiros”, diz Pimenta.
No
complexo industrial de Curitiba, existem, na verdade, cinco fábricas: uma de
caminhões pesados e semipesados; outra de chassis de ônibus urbanos e
rodoviários; uma terceira de motores a diesel; uma quarta de cabines de
caminhões e a última de caixas de câmbio eletrônicas.
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